sábado, 11 de dezembro de 2010

Versinho do Reserva

O reserva não é o titular
No banco o reserva deve ficar
E esperar
E se por algum motivo o titular
Não puder jogar
O reserva é chamado para seu lugar
Ele precisa se esforçar
E se superar
Para a atenção do técnico chamar
E para o time, enfim, entrar

Se do banco ele cansar
Só resta ao reserva
Um novo time procurar

sábado, 4 de dezembro de 2010

The Killers - Don't Shoot Me Santa

Já que o natal tá chegando, uma canção para celebrar esse momento.
Weird stuff...


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Meu Espelho

Na falta de inspiração para colocar para fora tudo que passa aqui dentro, uso o texto dos outros.
Dessa vez "roubei" do heartstorm.

Meu Espelho

Alguém que chega invadindo tudo em sua vida, aquela pessoa que se destaca por fugir do padrãozinho “gente descolada pseudo intelectual que sabe das coisas”.

Atitude.

Que é intensa e vai fundo no que sente, que se arrisca e não tem medo de correr os riscos envolvidos numa grande história de amor. Sabe dizer sim e não, mostra a honestidade e sinceridade nos olhos, sorri sem jeito.

Nem parece ter a sua idade, olhos de criança serelepe, coração puro, vontade de viver cada segundo intensamente, como na infância, quando chega mais um período de férias de verão. Rí alto, arrota e conta piadas. Fala de sexo e sacanagem sem vergonha disso. Gosta, se entrega, não se arrepende. Aprende com os erros, cresce.

Pessoa apaixonante, sabe? Pessoa que se for pra entrar na vida de alguém, que seja pra fazer diferença. Não espera o amanhã chegar, sente pressa de viver a vida agora. Ansiedade, esse é o sentimento, querer viver cada segundo da melhor maneira.

Alguém que já se entregou em muitas relações, ouviu demais “que assusta com a sua intensidade”. E quase chegou a desistir de encontrar alguém disposto a encarar uma relação ao seu lado. É, quase ninguém banca esse preço alto pela profundidade do sentir.

E eu descreveria esse alguém como uma pessoa que optou por viver tudo o que viveu à espera desse instante.

E quem, além de mim, saberia olhar diretamente nos olhos dessa pessoa, e seria capaz de perceber que não está diante de um espelho, e sim diante daquela pessoa por quem esperou encontrar a vida inteira?

Esse sou eu. Mas também é ela.

E o que está pra acontecer… bom, isso já é outra história.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Carta de Intenção de Amor

Gostei muito desse texto do blog Macho Moderno.
Caiu como uma luva.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Smart X Stupid

A Diesel lançou já faz um tempo uma campanha que eu gosto muito.
Gosto porque concordo.
Que fique a lição.


































































domingo, 24 de outubro de 2010

True Lies

Prefiro me machucar com as verdades do que morrer com as mentiras.

(Essa frase ficou meio Renato Russo. :P)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

(...)

Medo de transformar isso aqui no Muro das Lamentações.

domingo, 10 de outubro de 2010

Colateral

O efeito da injeção de ânimo às vezes passa rápido.

domingo, 19 de setembro de 2010

Eu avisei

A vida às vezes te dá um sinal de luz.
E tu não vê.
Ela manda um sinal mais forte que o outro.
E tu ignora.
Manda outro sinal mais forte que os outros.
E tu finge que não é contigo.
Então a vida te dá uma porrada.

E ri da tua cara.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

34

Tava lendo o que eu escrevi ano passado no meu aniversário.
O que me deixou feliz é que pelo menos duas coisas que eu disse que gostaria de fazer, eu fiz.

Menos duas. Assim vamos crescendo.

Hoje 34.

E segue o baile!

domingo, 29 de agosto de 2010

Boa semana para vocês





















E essa semana promete...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Vago

Pior que a culpa é minha de tudo o que eu tô sentindo.

Percepções

Lá se foi o segundo final de semana do meu tratamento. Junto, o segundo final de semana sem beber. Não está sendo sofrido, já passei outros momentos da minha vida sem beber por longos períodos. Só que naquela época a vida não andava tão agitada como hoje e não tive a oportunidade de ter as percepções que estou tendo. Aqui vai uma lista:
- Eu fico muito ligado a todos os detalhes. É tanta informação que em alguns momentos chega a ser perturbador.
- Mulheres bêbadas são patéticas.
- Homens de polo são patéticos.
- Beber refrigerante em festa não é caretice. É excêntricidade, principalmente se for Fanta Laranja. Pelo menos foi o que me disseram.
- A audição funciona que é uma maravilha. Muitas vezes ouvimos coisas que não queremos: "Ai guria, não consigo fechar os olhos para beijar. Tô tão bêbada que tô beijando de olho aberto para não cair."
- Mulheres bêbadas são patéticas. Eu sei, eu já disse isso.
- O nível de exigência subiu muito. Ou não baixou. Isso é preocupante.
- A paciência é curta. Tentar manter um diálogo com mulheres em estado de consciência alterada é difícil.
- Mulheres bêbadas são patéticas. Tá, desculpa em insistir no assunto.
- É covardia tentar disputar lugar na festa lotada com um bêbado. Eles caírão com certeza. Agora cuidado, se esse bêbado estiver usando polo (listrada, com brasão ou com números) ele pode querer briga.
- Homens de polo são patéticos.
- A conta das minhas consumações caiu muito. Fanta Laranja é barato.
- Eu me sinto patético algumas vezes.
- Acho que meses bizarros me aguardam.

sábado, 24 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

Abstinência

Na segunda eu começo um tratamento. Planejei começar no domingo, mas mudei de idéia. Segundo a minha médica não poderei beber álcool durante sete meses e meio. Na verdade ela me disse: "Tu pode beber um cálice de vinho por semana". É, um cálice de vinho por semana. Não posso negar que isso me apavora um pouco. E apavora a Dona Beatriz também. Para quem não sabe, Dona Beatriz é minha mãe. O que apavora ela é meu apavoramento.
Tentei fazer uma lista de pontos positivos e negativos desse período de abstinência. Só que fiquei em dúvida sobre alguns pontos. Não sei se os classificava em positivos ou negativos. Resolvi fazer uma lista só. Cada um que tire suas conclusões.
- Serei o cara mais requisitado para ir as festas. Carona de um cara sóbrio sempre é vantagem.
- Mulheres bêbadas serão sempre mulheres bêbadas, chatas. Não será uma vantagem.
- As mulheres feias continuarão feias. Não passarão ao nível "simpática". Continuarão feias.
- Se eu pegar uma mulher feia na balada será opção minha, não culpa do álcool.
- Festas animadas correm o risco de serem chatas para mim. Animada só para os outros.
- Caso leve um fora, terei que afogar as mágoas na base da Coca-Cola. Ou água.
- Festas Open Bar não irão ser vantagem para mim. Água eu bebo em casa.
- Se eu brochar terei que usar a desculpa do stress. Muito cedo para usar a idade como justificativa.
- Se eu falar algo que magoe alguém, é porque eu fui sincero. Dizer que estava bêbado não vai adiantar.
- A polícia e os azuizinhos podem me parar. Vou passar fácil no teste do bafometro.
- Não terei ressaca durante esse período.
- Não vou precisar comprar Engov.
- Vou ver a vida como ela realmente é. Isso me assusta.
- Vou ser o cara mais chato do mundo. Azar de quem conviver comigo.
- Meu aniversário, Natal, Ano-Novo e Carnaval. Datas que passarão e eu estarei sóbrio.
Boa sorte aos que convivem comigo. Serão sete meses e meio com o cara mais travado da face da terra. Ah, e se alguém não gostou desse post, desculpa, eu escrevi bêbado. Culpa do álcool.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

É...

(...)

My life is falling to pieces
Somebody put me together

(...)

domingo, 11 de julho de 2010

Ãhan?

Existe uma crença entre nós brasileiros que é muito fácil entender as pessoas que falam espanhol. Bom, eu não concordo. Eu tenho uma dificuldade tremenda com pessoas que falam espanhol. Já viajei para Argentina, Uruguai e Peru. Conheço mexicanos, colombianos, espanhóis e venezuelanos. Sempre me esforcei ao máximo para entendê-los, mas com pouco sucesso. Muitas vezes usei o inglês na tentativa de conseguir me comunicar.

Quando morei nos EUA e em outras viagens pelo mundo eu muito usei a tática da "cara de bobão que concorda". É uma arma muito simples, mas com alguns riscos. Só que para mim sempre funcionou. Em momentos que eu não entendia o que a outra pessoa falava, eu dizia que não havia entendido. A pessoa repetia, se eu continuava não entendo, abria um sorriso (cara de bobão) e concordava. Nunca me dei mal.

Até que fui para o Peru. No meu primeiro dia em Lima já pude perceber que minha relação com a língua espanhola seria complicada. Em três momentos distintos vi que as pessoas riam da minha cara. Eu perguntava algo, o peruano respondia, eu retrucava dizendo que não tinha entendido e na mesma hora o cidadão virava para alguém do lado, falava alguma coisa e os dois caíam na gargalhada. Daí pensei em usar minha arma secreta.

Fui até uma cafeteria. Fiz meu pedido. O atendente perguntou algo que não compreendi. Fiz a cara de bobão. Ele me olhou assustado. Eu fiquei assustado. Veio o meu pedido. Tudo certo, sem nenhum problema. Fiquei aliviado. A tática deu certo mais uma vez. Isso foi o que eu achava. Quando veio minha conta do cartão de crédito descobri que parcelei em duas vezes um expresso, um sanduíche de presunto e uma água sem gás. Totalmente desnecessário.

No vôo de Lima para Puno eu tive um sonho. Algo beirando a pesadelo. Sonhei que chegava ao hotel em Puno. Na recepção comecei um diálogo com a atendente:
- Bom dia, eu tenho uma reserva em meu nome.
- Su pasaporte, por favor.
- Aqui está.
- Bueno señor Rafael, sus llaves. El desayuno es de 6 horas hasta 10 horas. ¿Quieres (e fala algo que não entendi).
- (Cara de bobão)
- Perfecto.
São 6 horas da manhã e estou dormindo tranquilamente quando derepente sou acordado ao som de Humahuaqueño Carnavalito. Levo um susto. Pulo da cama. Ao tentar entender a situação vejo três peruanos vestidos em roupas típicas coloridas, com seus instrumentos e tocando a canção. Ao lado deles, um lhama mastiga algo que parece ser o que restou do meu casaco.
- Mas que merda é essa?
-
Somos la banda municipal de Puno. Estamos llamados a hacer el "Despertar típicas del lago Titicaca."
- Ãhan?! Mas quem pediu isso?
- Déjame ver. Usted es el señor Rafael?
- Sim, sou eu!
A lhama começa a mastigar minha mochila.
- Usted contrató los servicios de nuestro ayer al llegar al hotel. Aquí está firmado.

Nesse momento acordo e fico feliz em ver que estou dentro do avião. Que tudo não passou de um sonho. Ou um aviso. A partir daquele dia nunca mais usei a "cara de bobão".

sábado, 10 de julho de 2010

Check Up

Depois de alguns anos fiz um check up geral.
Acho que meus exames nunca tiveram resultados tão bom.
Colesterol, glicose e outras coisas tudo dentro do normal.

Logo, o que eu estou sentindo não é físico.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Secou

É, tenho muitas coisas para escrever, mas não estou querendo. O real motivo não sei. Vários assuntos passam pela minha cabeça, mas parece que a vontade secou.
Acho que meu silêncio se deve ao momento "pensativo" pelo qual estou passando. Não sinto a necessidade de expor algumas idéias e até sentimentos.
Tenhos meus momentos de alegria (que por sinal nos últimos meses foram vários) e meus momentos de introspecção. Conquistei minha liberdade em vários pontos e como já dizia Fernando Pessoa "a liberdade é a possibilidade do isolamento."Acho que o isolamento já não tem tanta graça assim para mim. Isolamento virou sinônimo de solidão.
É, a solidão incomoda.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vai encarar?

Você comeria em um restaurante com esse nome?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vontade de Voltar

Meu amor estou voltando com vontade de amar

Vou deixar a cela suja pra que outro vá limpar

Quero ver a mesa farta com farofa e feijão

Quero poder ir pra casa e sossegar meu coração


Hey! ho! let’s go!


Baby darling, sua espera breve encontrará seu fim

Vou botar os pés em casa e aparar nosso jardim

Mando a todos um abraço apertado com emoção

Mas vou ver minha patroa me esperando no portão


Hey! ho! let’s go!


Que vontade de voltar

Tanta coisa pra fazer

Tantos dias pra viver

E umas contas pra pagar


Carcereiro abra a cela que eu vou encontrar minha paz

Eu só gosto do chamego que a minha baby faz


Hey! ho! let’s go!


Que vontade de voltar

Tanta coisa pra fazer

Tantos dias pra viver

E umas contas pra pagar


Baby, come back

Oh my love,

Sweet, sweet baby

You and me


(Vídeo Hits)

domingo, 4 de abril de 2010

Fotos

Para quem interessar.
Publiquei as fotos da viagem. Não quero pôr aqui.
Talvez coloque só para ilustrar alguma história.
Já fiz uma lista do que quero escrever. Só não sei quando vou fazer isso.
Até porque já vou viajar outra vez.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

What a day!

Para os mais próximos as notícias nao sao novas (maldito teclado em espanhol).
Estou em Águas Calientes, aos pés de Machu Picchu. Acabei de descer de lá. Molhado, embarrado, cansado e feliz.
Daqui a pouco sai meu trem para Alltila (acho que eh assim que se escreve).
Estou bem, mas uma pergunta nao sai da minha cabeca: e agora?

Na volta escrevo mais coisas, mas nao esperem um guia do mochileiro (só se for das galáxias).

sábado, 20 de março de 2010

Muito bizarro

Olha, eu sei que tem muita gente que gosta de bonecas, coleciona boneca e tal. Só que isso passou um pouco do limite. Para entender o que eu estou dizendo, cliquem em "Bebês por foto".

Muito bizarro!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Reprise

Ontem estava conversando sobre o fato das pessoas ficarem velhas e terem dificuldade de aceitarem coisas novas. Daí lembrei de um post do meu falecido blog (que Deus o tenha!). Resolvi repostá-lo (essa palavra existe?). Dependendo do lugar e com quem se está esse pode ser o tipo de conversa interessante ou sacal. É, acho que eu corri um certo risco.

Mais Velho

Estava lendo um artigo da Revista New Yorker sobre uma pesquisa que um médico americano fez. Ele e seu assistente ligaram para diversos lugares (lojas, restaurantes, etc) nos Estados Unidos para colher alguns dados. A pesquisa não tem nada de científica, ele só queria saber até que idade as pessoas aceitam as novidades.

Um exemplo? Os meus avós não gostavam da Jovem Guarda, mas meus pais e tios sim. Os meus pais e tios não gostam de Metallica, mas eu gosto.

E por que isso? Bem, o médico deu uma explicação, mas é complicada para nós leigos (fala de cérebro, queima de neurônios e babuínos... hehehehehe. Não, sobre os babuínos foi só um exemplo). O que eu achei bem interessante foram as idades limites de aceitação das novidades que ele colocou. A partir daquela idade gostar de algo novo pode ficar bem complicado. Veja os exemplos:

Novidades musicais - até 35 anos
Aqui ele compararou estações de rádios.

Novidades Gastronômicas - até 39 anos
Aqui ele se baseou em restaurantes japonês, mais especificamente em Sushi.

Novidades na moda - até 23 anos
Ele fala do piercing na língua. Acho que foi um objeto de estudo meio radical, não é algo tão popular entre os jovens. Será??? Bah, mas eu já passei dos 23 faz um tempo.

Agora, quando pai, mãe, tios, avós ou sei lá quem falar "no meu tempo era melhor", já sabemos que isso se dá devido a queima de neurônios. Não precisamos mais ter discussões, nem ficar irritados com isso. O problema é quando nós falamos essas coisas. Aí é sinal que já queimamos alguns neurônios. Mas não se preocupem, os babuínos sofrem do mesmo problema.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Enjoyse, Vàdove Ti Porta Il Cuore

Dando de comer para os gatos,
E abrindo champagne pros ratos
Que farejam o queijo mofado
De um prato quente quebrado

Pelicanos no telhado,
Corvos piscam olhos ligados
Num jogo frenético
De dois desvairados

Parceiros de loucura
Amigos por ternura
Coelho e Serelepe
Uma dupla de pileque

Viciados em palavras
E poesias desgraçadas
Mente conectada
Por uma sanidade enjaulada

Amar é linha, ela disse
Testando nossa velhice
Sem limite para terminar
Sem nenhum medo pra começar

Quando a viagem sufoca
A liberdade nos manda pra toca
Prisioneiro da escolha
Nosso mundo agora é uma bolha

Tentando viver diferente
Sem amargar o dente
Podemos nos encontrar?
Quem sabe, podemos mudar

Vigiados por olhos amigos
Verdades vividas em abrigos
Condenados pela corte do rei
Sobre o que aconteceu os dois ditaram a lei

(From
Beatnik de Boutik)

I am your father!

Céus

No ínicio dos anos 80 meus pais compraram uma casa em Imbé. Naquela época Imbé era só a continuação de Tramandaí, não tinha vida própria. Em um verão o transformador que ficava em frente a nossa casa explodiu. O resultado foi um apagão, no até então, pequeno balneário. Quando a CEEE (que ainda era uma estatal) apareceu para arrumar a confusão, os pobres veranistas entendiados acharam um divertimento. A frente da nossa casa ficou lotada. Centenas de pessoas acompanhando a troca do transformador. Me lembro que sentei com os meus amigos, e provavelmente o Caco também, no gramado da nossa casa. Em determinado momento me deitei na grama. Nesse momento vi uma imagem que guardei por todos esses anos na minha mente. Um céu verdadeiramente estrelado. Milhares de pontos luminosos em frente ao fundo preto. Fiquei maravilhado com aquilo.

Acho que sempre tentei rever esse céu. Quando achava que teria a oportunidade, lá estava eu olhando para cima. Devo ter visto, mas nenhum me levou de volta a aquele verão longínquo.

Graças a alguns amigos, que não se enquadram no tipo de amizade que muitos esperam de mim, fiz essa viagem no tempo. Lá estava ele outra vez. Iluminando um cenário onde o sagrado e o profano dividiam seus espaços de forma harmoniosa. Onde egos eram avacalhados e a contra cultura ditava o ritmo das conversas. Estrelas cadentes caiam a todo instantes (fiquei com crédito de pedidos) e sapos, grilos e pássaros fizeram daquela noite um barulho intenso só. Fui catapultado do mundo ordinário para um lugar estranho para mim. É, viemos do macaco, mas hoje o mato é um lugar estranho. Acho que por isso voltei para aquele dia de verão. Foi bom vê-lo novamente.

O céu era o mesmo, mas a forma de olhar mudou.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

No Way Back

Monstros

Lento e ingênuo, mas comovente. Gostei.

Comentário

Vou fazer um comentário sobre o post anterior. Ficou vago demais. Não entrei em detalhes. Só que eu não posso. A grande confusão é entre o racional e o emocional. O racional é minha zona de conforto, já o emocional é confuso.
O racional é um barquinho dentro de uma piscina de plástico. Chato.
O emocional é um elefante em um tobogã. No fim pode arrebentar muita coisa. Se não acontecer isso, é sensacional.
Só que como eu disse antes, chega de ficar dentro da piscina. Descer no tobogã é mais divertido.

É, mais um post vago.
Preciso parar de pensar. Vou arrumar meu armário.

U-hu!

Por um bom tempo achei que podia planejar e dominar a minha vida. A alguns anos atrás assumi um papel que muitos ao meu redor esperavam de mim. Hoje vejo que acabei perdendo algum tempo. Seria algo como imaginar uma estrada e várias saídas. Eu tinha a opção de ficar nela ou escolher um outro caminho. Sempre decidia ficar no caminho que eu estava. Até que o caminho começou a ficar monotono e não estava me levando a lugar algum. Um dia entrei numa dessas saídas sem saber onde eu iria sair.
A partir desse momento muita coisa mudou. Comecei a viver um momento "u-hu" (essa expressão não é minha, mas achei sensacional). É algo como apertar a tecla "foda-se". É muito bom fazer isso, mas ao mesmo tempo não deixa de ser assutador. Assustador por que a gente nunca sabe o que vai acontecer. Perdi o controle de tudo, mas acho que tenho vivido as coisas mais intensamente. O maior medo era sempre de quebrar a cara. Só que isso é inevitável. Melhor cair e levantar do que viver se arrastando.
Nesse momento entrei numa dessas saídas. O cara conformado ainda existe em mim, mas o cara "u-hu" está mais forte. Como nos desenhos estou com o anjo e o diabo nos meus ombros. O mais racional já me deu a resposta que eu preciso, o "u-hu" só dá risada. Eu só não descobri ainda quem é o anjo e quem é o diabo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Projetor

Baseado em fatos reais.

Aquela era uma noite especial. Depois de um mês bem comportado, aquele seria o momento da forra. Ele a conheceu na academia. Sempre que tinha oportunidade conversava com ela. Um dia criou coragem e a convidou para sair. Ela aceitou. Saíram para jantar, foram ao cinema e a balada da moda. Ficaram. Nada além de beijos. Dessa noite ela não passava. A janta seria em sua casa. Preparou cada detalhe. Iria estreiar o projetor que comprou em Rivera. Último modelo. O plano já estava traçado. Jantar e depois ver um filme no potente projetor. Cinema em casa. Na falta de uma tela ele improvisou com a cortina. Fechou-a e testou a imagem. Perfeita. A cortina branca fechada resolveria a questão.
O porteiro toca. É ela. Sorridente ele a recebe com um beijo. Juntos comem o sushi que ele pediu. Uma garrafa de vinho para acompanhar. Nervoso ele observa o projetor, ali estava a sua salvação. Mais uma garrafa de vinho.
- Vamos ver um filme? - Ele pergunta
- Claro.
Ele prepara o cenário. Fecha as cortinas. Liga o DVD e o projetor.
- Já assistou "Crepúsculo"? Tirei para a gente ver.
- Não vi ainda. Estou louca para ver.
Tudo funcionando. O aparelho lança a imagem na cortina. Mal o filme começa eles se beijam. O clima esquenta. As carícias ficam mais ousadas. O plano estava dando certo.
- Não tem um filme mais animado? - Diz ela maliciosamente no seu ouvido.
O frio toma conta de sua barriga. Filmes animados? Sim, vários. Brasileiros, americanos, italianos e até japoneses. Ele nem pensou nisso. E no novo projetor? Meu Deus, que maravilha. Ele pega o primeiro filme animado que encontra. Coloca no DVD. A imagem surge na cortina. Ele pula para o sofá. O plano deu certo.















Naquela noite o vigia da rua se divertiu muito.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Linguarudo

Muitas pessoas acham que eu sou um cara calmo e quieto. Só que eu acho que em alguns momentos eu falo demais. Na verdade não é falar como um tagarela, mas eu não sigo uma convenção que superticiosos, místicos e pessoas em geral tem: a de não falar seus planos e projetos para os outros não "botarem olho".
Desde a minha adolescência eu tenho um desejo. Algo que sempre esteve comigo esses anos e eu sabia que um dia iria realizar. Passados quase 15 anos eu percebi que havia chegado o momento. Tudo se encaixava para que eu fizesse o que desejava. Nada me impedia. Final do ano passado fiz o que tinha que ser feito e eu só precisava esperar. Fiquei muito feliz. Feliz mesmo. Não segurei a língua e contei para todo mundo o que eu iria fazer. Até no blog eu coloquei.
Acho que esse foi meu erro. Falei algo que iria acontecer. Faltando pouco mais de 15 dias para se realizar, vejo meu projeto ameaçado. Acho que botaram olho. Só o que mais me assusta não é o fato de não realizar o sonho. Caso não seja dessa vez, certamente terei outras oportunidades. O que me preocupa é a força da pessoa que colocou o olho. Ela tem mais poder que o Darth Vader, o Mun-Há e o Doutor Gori. Não sei quem é, mas tenho medo de saber.
Ter uma diarréia, o despertador não tocar, ficar preso no trânsito devido a uma passeata do Fórum Social Mundial eu até aceito. Mas precisava fazer isso?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

25

- Ô tio, chocolate ao leite, dois reais. Baratinho.
- Não, brigado. Tô de regime.
- Então, tem chá gelado light por dois e cinquenta. Baratinho.
- Eu tava brincando, foi uma piada.
- Ah, tá. O nariz de palhaço tá só um real. Baratinho.