sexta-feira, 19 de março de 2010

Reprise

Ontem estava conversando sobre o fato das pessoas ficarem velhas e terem dificuldade de aceitarem coisas novas. Daí lembrei de um post do meu falecido blog (que Deus o tenha!). Resolvi repostá-lo (essa palavra existe?). Dependendo do lugar e com quem se está esse pode ser o tipo de conversa interessante ou sacal. É, acho que eu corri um certo risco.

Mais Velho

Estava lendo um artigo da Revista New Yorker sobre uma pesquisa que um médico americano fez. Ele e seu assistente ligaram para diversos lugares (lojas, restaurantes, etc) nos Estados Unidos para colher alguns dados. A pesquisa não tem nada de científica, ele só queria saber até que idade as pessoas aceitam as novidades.

Um exemplo? Os meus avós não gostavam da Jovem Guarda, mas meus pais e tios sim. Os meus pais e tios não gostam de Metallica, mas eu gosto.

E por que isso? Bem, o médico deu uma explicação, mas é complicada para nós leigos (fala de cérebro, queima de neurônios e babuínos... hehehehehe. Não, sobre os babuínos foi só um exemplo). O que eu achei bem interessante foram as idades limites de aceitação das novidades que ele colocou. A partir daquela idade gostar de algo novo pode ficar bem complicado. Veja os exemplos:

Novidades musicais - até 35 anos
Aqui ele compararou estações de rádios.

Novidades Gastronômicas - até 39 anos
Aqui ele se baseou em restaurantes japonês, mais especificamente em Sushi.

Novidades na moda - até 23 anos
Ele fala do piercing na língua. Acho que foi um objeto de estudo meio radical, não é algo tão popular entre os jovens. Será??? Bah, mas eu já passei dos 23 faz um tempo.

Agora, quando pai, mãe, tios, avós ou sei lá quem falar "no meu tempo era melhor", já sabemos que isso se dá devido a queima de neurônios. Não precisamos mais ter discussões, nem ficar irritados com isso. O problema é quando nós falamos essas coisas. Aí é sinal que já queimamos alguns neurônios. Mas não se preocupem, os babuínos sofrem do mesmo problema.

3 comentários:

C. disse...

Não te preocupa, não é sacal, e viu como tenho razão nas novidades gastronômicas? tá..mais ou menos minha teoria era mais que isso.

Caco disse...

Prezado irmão Rafael,

Fiz uma análise aprofundada do texto, e minha opinião é muito objetiva. A teoria é verdadeira. Continuo procurando aquele sapato fora de moda, meu iPod praticamente parou na década de 90... Mas indo um pouco contra a teoria, Vitor e Léo, funk carioca, NXZero, Fresno... não é nem que eu não queira aceitar as novidades... mas é complicado comparar. No meu tempo que era bom.

Emilio Pacheco disse...

Certíssimo, eu acho que parei de acompanhar novidades musicais ainda antes dos 35 anos. Mas já estou procurando rever esse preconceito de que "as músicas do meu tempo é que eram boas, hoje é só Créu, blá blá blá..." No "meu tempo" também existiam porcarias (tipo o "Bilu Teteia") e hoje existem coisas ótimas (como Keane). O problema é tempo e paciência para garimpar coisas novas. Eu descubro muitas por acaso, enquanto estão tocando na loja. Ou por indicação de alguém. Por mp3, como faz a maioria, é mais difícil. Quase impossível.